por Olavo Ribeiro
Francis Schaeffer escreveu que “devemos falar quando a Bíblia fala e calar quando a Bíblia cala”. Há mistérios que a Bíblia não explica. Há tensões que não conseguimos resolver, como, por exemplo, a tensão entre a predestinação e a responsabilidade humana. Ou uma explicação decente sobre o problema do sofrimento.
Com o passar do tempo tenho tido cada vez menos paciência com especulações teológicas. Creio que há certos aspectos da fé que simplesmente não tem resposta. Deus nos deixa no silêncio. Isso não significa que não existam respostas inteligentes e coerentes. Apenas que “por hora” (e esta “hora” durar ainda milhares ou milhões de anos) Deus decidiu nos deixar sem elas.
Isso é libertador porque não preciso encontrar explicação para todas as dúvidas, dilemas, “contradições”, tensões, etc, que existem na Bíblia. Posso refletir e buscar explicações mas não tenho necessariamente que encontrá-las. Isso não abala minha fé em Deus, nem minha confiança na Palavra de Deus.
O reconhecimento de nossa incapacidade de explicar tudo nos torna mais humildes, mais parecidos com a criança que Jesus elogiou:
Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos céus?” Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: “Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus (Mateus 18:1-4)
Fonte: Cinco Linhas
0 comentários:
Postar um comentário